domingo, 10 de abril de 2011

Carta I



O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra.´

Todos nós sabemos o que é ter medo. Todos nós temos ambições e sofremos desilusões. Todos vivemos de preocupações que se vão sucedendo. Todos sabemos que a vida não se repete e que para todos, todos os que estamos ali naquele preciso momento, por exemplo, mais tarde ou mais cedo - aquilo que nós chamamos Vida, sem saber bem o que dizemos - vai acabar.

Os homens são uns parvos. Não se conseguem entregar por completo ao amor. Têm sempre o trabalho ou outra desculpa do género. Preocupam-se com o que não estão a fazer. Para eles o amor pode ser um inimigo. Um inimigo há muito derrotado, mas do qual ainda têm medo.
As mulheres são diferentes. Para elas o amor nunca é demais, não atrapalha.

O amor é sobretudo associado a sentimentos:

Carinho: sentimentos de ternura e / ou querendo proximidade física
Atração: satisfazer necessidades básicas emocionais
Altruísmo: altruísta ou altruísta preocupação para outrem
Reciprocidade: se o amor é recíproco
Continuidade: um desejo de manter o amor
Intimidade emocional: a troca de emoções e sentimentos
Amizade: o espírito entre amigos
Parentesco: laços familiares
Paixão: desejo constante, sentido via modificação do ritmo cardíaco
Intimidade física: compartilhamento do espaço pessoal e íntimo
A auto-interesse: quando se visa recompensas
Serviço: desejo de ajudar

O amor sente-se nas mais pequenas coisas, nos mais pequenos gestos, o amor esconde-se atrás de pequenas atitudes, de pequenos passos.

Nunca fez bem a ninguém crescer sem uma paixão e sem o suposto amor de uma vida, mas depois somos outros no mesmo corpo e na mesma alma, capazes das maiores loucuras de amor, com a diferença do quanto é saudável gostar sem desesperar, e amar sem pedir muito em troca. Porque as grandes loucuras de amor, não estão nas coisas mais impossíveis do mundo, estão no gostar e no amar de verdade, nas palavras sinceras, nos abraços no tempo certo, no toque quente e gelado, na cumplicidade... Naquilo que tu me dás. 

Beijo**

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