sábado, 28 de agosto de 2010

domingo, 22 de agosto de 2010

Eu sei o que é o amor...


"Fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempresem motivo, me diz que não sabe o que é o amor.eu sei exactamente o que é o amor. o amor é saberque existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer.o amor é saber que vamos perdoar tudo a essa partede nós que não é nossa. o amor é sermos fracos.o amor é ter medo e querer morrer."

A Criança Em Ruínas, de José Luís Peixoto

sábado, 21 de agosto de 2010

Fazes-me Falta...

" Porque te escolho, neste sussurro sem retorno? Porque te quero no meu sono, se iluminaste sobretudo o que não fui? Morreste-me antes que eu morresse - e não consigo morrer sem ti. Nunca consegui. Todos os dias da minha vida estive contigo - como se todas as amizades anteriores fossem só o caminho para chegar a ti, como se todas as amizades posteriores fossem apenas a ausência de ti. Mais delicadas, mais ritmadas, mais claras - menos tu.(...) Não há explicações para o desaparecimento do desejo, última e única lição do mais extraordinário amor. Mas quando o amor nasce protegido da erosão do corpo, apenas perfume, contorno, coreografado em redor dos arco-íris dessa animada esperança a que chamamos alma - porque se esfuma? Como é que, de um dia para o outro, a tua voz deixou de me procurar, e eu deixei que a minha vida dispensasse o espelho da tua?(...)Fartaste-te do meu corpo, mesmo abstracto? Em que dia me abandonaste? Em que palavras a minha voz se partiu? Que sombra se abriu por dentro dos teus olhos para despedaçar a minha imagem? (...) Foi sem querer. Se deixei de te comover, de te divertir, de te inspirar, meu querido, foi sem querer. Se perdi a capacidade de te ferir e fazer sangrar, foi sem querer. "
Fazes-me Falta, de Inês Pedrosa

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Contigo tudo posso. Sem ti...

Dói-me o teu enfado.
Dói-me a tua tristeza.
Dói-me o teu agastamento.
Mas o que mais me dói é o teu silêncio...
Sentir que te escondes de mim.
Que estás por trás dos teus "não sei".
Que, como o tango:Te busco e já não estás.
Precisas de uma desculpa para te separares de mim?
Posso subir a montanha mais alta com a tua ajuda.
Sem ti, cansa-me até jogar às escondidas,
cansa-me saltar obstáculos,
cansa-me brigar com o teu orgulho,
cansa-me bater à portaque ambos queremos que se abra e tu manténs fechada.
Não creio na tua confusão mas sim nos teus freios.
Não creio no teu "tempo" mas sim no teu orgulho.
Não creio no teu ódio mas sim na tua frustação.
Não creio no teu comportamento mas sim no teu sentir.
Sinto-me como o cego do poema de Rafael de León
"que agita o seu lenço chorandosem se dar conta de que o comboiofaz já tempo que partiu..."
Vem! Abre! Fala! Luta!
Que eu estou aqui!